spot_img
InícioMercadoGrupo Vamos investe na locação de veículos pesados

Grupo Vamos investe na locação de veículos pesados

Empresa com sede em Mogi atua em todo o país com meta de atingir 100 mil ativos alugados nos próximos dois anos

O Grupo Vamos, controlado pela holding Simpar, pretende passar dos atuais 38 mil para 100 mil ativos locados nos próximos dois anos. A empresa de capital aberto, que nasceu de um departamento da antiga controladora JSL, se destaca no setor de locação de caminhões, máquinas e equipamentos. São mais de 2 mil funcionários, sendo quase um terço na unidade de Mogi das Cruzes e o restante distribuído em operações por todo o país. Em entrevista a O Diário, o diretor de Operações, Rafael Gomes Vieira, revela as perspectivas para o mercado e os planos da empresa:

Quais os principais produtos e serviços do Grupo Vamos?

Estamos sediados em Mogi das Cruzes somos uma grande plataforma de renovação de frota de caminhões, máquinas, empilhadeiras, coletoras e tratores. Dentro do negócio da Vamos, temos as concessionárias e somos o maior distribuidor de caminhões e ônibus da marca Volkswagen/Man, de máquinas e equipamentos agrícolas da Valtra, além da Komatsu e Fendt. Somos um braço de locação de equipamentos no Brasil e temos a maior rede de compra e venda de seminovos pesados. Como todo negócio da holding Simpar, a Vamos está no DNA da empresa e nasceu de um departamento da JSL, sendo que a primeira locação de caminhão foi em 1980 e, em 2015, através de um projeto, o grupo decidiu criar um CNPJ para a Vamos.

 (Foto: divulgação / Vamos)

E os diferenciais da empresa?

A Vamos é uma empresa com um ecossistema único, a única do segmento na qual o cliente pode vender o ativo velho, comprar ou alugar o ativo novo, customizar o ativo e ter o produto final disponível para locação ou dar o atendimento e vender o nível de serviço desejado ao cliente. Então, a produtividade e efetividade que a Vamos oferece são ímpares no mercado. 

Quais os principais clientes?

Temos uma carteira de clientes representativa no agronegócio, como o Grupo Raizen, além de diversos outros segmentos, a exemplo da Ambev, Aneel e Light. Atendemos desde o grande cliente ao de pequeno porte, que tem apenas um caminhão para locação. 

Hoje, quais as principais dificuldades do mercado pós-pandemia?

Houve um momento de apagão entre as montadoras, de falta de componentes, como pneus, mas temos um planejamento estratégico e tínhamos produtos em estoque, diferente do que aconteceu com o restante do mercado. Isso é um grande diferencial, porém, como construímos um capital intenso, com caminhões, máquinas e equipamentos, sentimos falta de alguns produtos, principalmente pneus. Foi um grande desafio, mas já superado. Agora, no pós-pandemia, o mercado para este segmento está aquecido e a mão de obra especializada passa a ser um ponto de atenção. 

Há dificuldade na contratação de colaboradores locais e regionais?

O grande ponto é formar e reter estas pessoas. Existe uma carência de mão de obra em geral, em algumas áreas de ação operacional. Hoje, no grupo, temos 156 posições em aberto em todo o Brasil, sendo que 80% das vagas estão em Mogi, mas a principal dificuldade ainda é a formação. 

As expectativas para o mercado são positivas no pós-pandemia?

Muito positivas. Estamos crescendo e, historicamente, a cada dois anos, a Vamos dobrar de tamanho. De acordo com a última divulgação de resultados, fizemos apenas nos primeiros seis meses deste ano, o correspondente a 2021 inteiro. Este é um crescimento muito acelerado e a Vamos gera inúmeras oportunidades em Mogi. 

Estão previstos investimentos?

Neste ano, a Vamos já investiu mais de R$ 4 bilhões no negócio de locações de caminhões no Brasil. Para 2023, ainda estamos fechando o orçamento. Estamos crescendo e temos a meta de atingir 100 mil ativos alugados, entre caminhões e máquinas pesadas. Este mercado de locação é pequeno no Brasil e representa menos de 1%, enquanto nos EUA e Europa, está em mais de 25%. Então, temos um espaço grande para crescer. Hoje são 38 mil ativos e o objetivo é mais que dobrar nos próximos dois anos.

Qual a importância da parceria com a Agência de Fomento Empresarial (AGFE)?

A AGFE funciona como um grande consolidador das demandas latentes das empresas e busca maneiras de desenvolvimento, seja por meio dos órgãos competentes, na divulgação de parcerias, como fizemos recentemente com a TV Diário para vagas em aberto. Ela é uma agência de fomento e nos ajuda tanto a atrair as pessoas para as posições, mas também a consolidar as demandas em comuns entre as empresas associadas. Então, a AGFE tem um papel muito importante na coordenação de alguns movimentos. Fizemos juntos a formação de soldadores através da UMC e rapidamente várias pessoas foram empregadas. Este é um dos pontos positivos da AGFE

GRUPO VAMOS
Fundação: 2015
Colaboradores: 2 mil
Setor: locação de caminhões, máquinas e equipamentos
Estrutura: 38 mil ativos alugados

PERFIL
Rafael Gomes Vieira
Cargo: diretor de Operações 
Idade: 36 anos
Nascimento: Belo Horizonte
Formação: Administração (PUC-MG) e MBA Executivo na FDC
Início na empresa: 2018

FONTE: O DIÁRIO DE MOGI

spot_img

Notícias mais lidas