Honda lança Ye, nova marca de carros elétricos contra a BYD

Fabricante será apresentada durante o Salão de Pequim e terá sete carros até 2027

O mercado chinês emplacou mais de 30 milhões de automóveis apenas em 2023. Com números tão superlativos, fabricantes buscam formas de aumentar a presença no país e surfar nas vendas crescentes. A bola da vez é da Honda, que acaba de apresentar a Ye, sua nova submarca focada em carros elétricos.

A Ye será lançada oficialmente durante o Salão de Pequim, que acontecerá na próxima semana. Por enquanto, não há planos de lançar a marca em outros mercados, mas a Honda confirma ao menos sete modelos elétricos até 2027.

Conheça a Ye

A Ye (“brilho”, em chinês) é apenas a segunda submarca global da Honda. Em regiões desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa, a marca japonesa vende carros de luxo pela Acura, rival direta da Lexus, da Toyota.

Durante o Salão de Pequim, a Ye vai exibir dois carros de produção e um conceito. Os dois primeiros são os P7 e S7, que chegam às lojas no final de 2024 com uma plataforma inédita, exclusiva para carros elétricos. A marca confirma versões com um ou dois motores, mas ainda não divulgou dados de potência, autonomia e recarga. A tração será traseira ou integral, dependendo da opção.

Sobre a proposta, a Ye divulgou apenas que seus carros terão um apelo mais esportivo, focado na dirigibilidade, especialmente nas versões com tração traseira. Imagens do interior não foram divulgadas, mas os novos P7 e S7 terão iluminação de LED e central multimídia controlada por inteligência artificial.

Além da dupla, a Ye também vai mostrar em Pequim o novo GT Concept, um protótipo esportivo com carroceria em formato de cupê. A marca prometeu instalar uma grande central multimídia exclusiva para o passageiro dianteiro, que dará a impressão de um cinema particular. Este modelo, entretanto, será produzido apenas a partir de 2025.

A Ye é mais uma etapa do plano de eletrificação da Honda. A fabricante pretende ser neutra em carbono até 2050, mas este processo pode ser ainda mais rápido na China, onde 100% dos modelos vendidos em meados de 2035 serão elétricos.