Cinco modelos não estão sendo fabricados após demissões feitas por telegrama
A greve dos funcionários da Chevrolet interrompeu a produção de cinco modelos que são feitos no estado de São Paulo. As fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes estão paradas após as demissões do último fim de semana. Os desligamentos aconteceram por meio de telegramas e e-mail. Até grávidas estão na lista de corte, segundo G1 e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Em junho, a Chevrolet já havia anunciado uma redução de produção de até dez meses na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde são produzidos o Trailblazer e a S10.
A picape e o SUV, feitos sobre o mesmo chassi, estão prestes a mudar e vão passar por uma reestilização. As unidades, aliás, estão sendo flagradas em testes desde março deste ano. Mas, com a greve, os lançamentos podem atrasar.
Outro modelo que pode ter a mudança prejudicada é a minivan Spin, que vai passar por uma remodelação profunda no visual externo e interno. Entre as novidades do veículo estão, por exemplo, painel digital e sistema MyLink atualizado.
O Chevrolet Tracker é mais um que pode ter suas vendas prejudicadas. O modelo lidera as comercializações do segmento de SUVs por dois meses consecutivos e vem se aproximando do Volkswagen T-Cross, o mais vendido da categoria em 2023. No entanto, deve ter menos emplacamentos a partir de agora.
A Montana, lançada neste ano, também vinha se firmando no segmento de picapes, ocupando a quinta posição e ficando atrás somente de Fiat Strada e Toro, Toyota Hilux e Volkswagen Saveiro. Com a greve, as vendas da caminhonete podem diminuir.
De acordo com comunicado da General Motors, as demissões aconteceram por “quedas nas vendas”. Com isso, foi necessário “adequar seu quadro de funcionários”.
As dispensas vão contra o acordo de layoff, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes. “Pelo acordo aprovado em junho, todos os operários da planta deveriam ter estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão de contratos. Cerca de 1,2 mil trabalhadores entraram em layoff em julho”, informa em comunicado.
A organização ainda diz que a GM descumpriu a legislação que impõe uma negociação entre empresa e sindicato antes de demissões em massa. Agora, a entidade tenta pressionar os governos estadual e federal para reverter a situação e cancelar as demissões.