Por Diana Cheng
As empresas de aluguel de carros devem reportar números fracos do segundo trimestre, de acordo com o Credit Suisse. O desempenho será afetado pelas medidas de distanciamento social impostas para conter a propagação da covid-19, refletindo principalmente em volumes e preços menores.
“Como resultado da quarentena, a mobilidade foi bastante reduzida no segundo trimestre. Os aluguéis no curto prazo foram os mais impactados, com ao menos um terço das lojas fechadas ou com funcionamento restrito até a segunda metade de março”, relembra Regis Cardoso, analista do banco.
O segmento de gestão de frotas tem se mostrado mais resiliente durante a crise, dada a sua menor exposição à volatilidade do curto prazo. O Credit Suisse acredita que os volumes do período permanecerão estáveis, mas os preços podem sofrer pequenas variações para acomodar os descontos de alguns clientes.
Dentro do setor, a Unidas (LCAM3) se sobressairá em relação aos pares Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3), amparada pela performance em gestão de frotas.
No caso da Localiza, o Ebitda estimado é de R$ 283 milhões, queda de 39%. O prejuízo líquido deve atingir R$ 33 milhões.
“A Localiza sofreu um impacto considerável nos volumes porque 75% das diárias estão no segmento RAC (rent a car), sendo 20% dos volumes e 30% das receitas provenientes de agências em aeroportos”, diz Cardoso.
A Movida se dará bem com as vendas de carros usados. A estimativa do Credit Suisse é de 18,4 mil unidades vendidas, alta de 30,7% em relação ao trimestre anterior. O ticket médio também deve subir 2,5% devido a um mix mais caro.
A recomendação do Credit Suisse para os papéis das três companhias é neutra (Movida) e de compra (Unidas e Localiza).
Fonte: MoneyTimes